quinta-feira, 11 de junho de 2009

Um é pouco, dois é bom, três realmente é demais ...


Já fui assaltada três vezes, em todas elas não tive reação alguma. Só pensamentos soltos enquanto entregava um celular e um mp4. Pensando sobre o quanto eu era mais importante que um aparelho e quanto bem eu precisava fazer se quisesse entender um mundo em que a maioria prefere fazer o mal. Seu coração posto á prova. Sua vida em risco. É a pior sensação que pode se sentir. Ignore as futilidades da adolescência, esqueça as fantasiosas crueldades da infância. Chorar um amor não correspondido não é o fim do mundo, e não ganhar um boneca não é motivo pra suicídio, mas era bem mais fácil. Dá saudade da inocência de criança, falta da preocupação, responsabilidade não cobrada, coisas que o mundo não lhe exigia naquela época. Mas hora de crescer é hora de aprender. E as perguntas sem respostas? Comece me explicando a crueldade humana. Pessoas matam por dinheiro, por prazer, por nada. Pessoas traem por impulsos, fraquezas, motivos e falta deles. Tem de haver um manual. Não, eu nunca almejei mudá-los, e comecei a me perguntar se talvez quisesse entende-los. Seria mais fácil lidar com a situação se pudessem compreender os motivos? Ficaria mais tranqüila se alguém me explicasse razões para alguém que machuca, assalta, assassina. Em que exatamente me acrescentaria? Desisti. Não preciso entender um mundo que não me interesse entrar nele. Se sou capaz de dar devida compreensão a quem faz, seria capaz de fazer como tais. Pois bem, para meu bem não pergunto e paro de questionar. Continuo meu caminho, meus objetivos, quebrando a cara ou expondo sorrisos nela. Sigo, e lamento. Por mim? Jamais! Olhe pra mim, estou ótima: saúde, felicidade, amor, dinheiro. Eles saíram com bem material, o que perde a importância quando comparado ao que se tem dentro de mim: a paz de ser tranqüila. Quanto a quebrar cara, minha flor, bem-vinda ao mundo adulto. É um risco inerente à própria vida. No final de cada dia, quando lamento um celular perdido, Deus fala comigo, e me pergunta sorrindo: quem você acha mesmo que saiu perdendo?



CELY PEREIRA já foi assaltada três vezes em menos de um ano, parou de chorar e começou a rir da situação, promete que da próxima vez vai pedir pra deixar pelo menos o chip do celular, não agüenta mais trocar de numero, coitada...

2 comentários:

  1. Gata, vai na Universal! 'Cê tá precisando de uma reza forte!

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  2. É, ser assaltada 3 vezes em meos de um ano é realmente foda. Eu só fui uma vez, há muitos anos, quando celular era uma coisa que só existia pra quem era rico. E a menina só levou R$2 que eu tinha qdo estava voltando da escola.
    Enfim, essa é a vida. Não dá pra sentar e se conformar sem fazer nada, mas também não dá pra parar de sair porque o mundo é essa loucura.
    Beijo

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