quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eu sou normal, nunca disse que era igual ...



Tenho 30 motivos pra me considerar igual a todo mundo,
Tenho 300 que me fazer diferenciar deles.
Sou civilizada, dentro dos padrões, sei tudo, ou pelo menos metade do que a sociedade me impõe, a saber, já me ensinaram a ler, escrever, já sei de cór o numero do meu CPF e meu RG. Beiro a normalidade, mas insisto na diferença, peço desculpa a moda e aos estilistas de paris, mas eu não vou usar uma sandália de plástico só porque todo mundo usa, nem comprar roupas de determinadas cores só porque essa é a cor que a estação condiz. Sigo a cartilha, me valorizo, gosto de mim, mas não me culpo por preferir outras companhias, preciso de gente, de outros pensamentos, de bons conselhos e ate aceito ouvir os ruins. Eu não me basto, e acho que tem que ser bastante corajosa pra admitir pro mundo ser assim. Já mudei tanto de opinião, sobre amizade, relacionamentos, religião. Se eu sou contraditória? Defeito por defeito, eu prefiro ficar com a indecisão, a arrogância dos que não se permitem mudar, eu experimentos novos caminhos, e eles, pobres coitados previsíveis, sempre na mesma direção. Eu até gosto daquela musica lá, mas se ela virar hit nacional já me perdeu a graça. E eu adoro essa cor, mas ai disseram na televisão que era a cor do verão, e ta todo mundo com o mesmo tom. Eu aceno, graças a deus a minha individualidade é menos cega do que eu e me ver chamar. Tiro minha cor predileta, e paro de escutar aquela musica que eu adorava, e fico triste um tempinho por terem tirado meu prazer de ser sozinha. Mas daqui a pouco descubro outra musica, outro ritmo, outro tom, outro escrito, daqueles que ninguém conhece. Daí viro de novo a estranhinha meio passada que gosta do que mesmo? Eles não sabem o que é. E me sinto exclusivamente minha de novo, sozinha, e nunca, indo sempre pela mesma direção, libertador...

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